Nem
mesmo um mês havia se passado
Desde
a dança, a valsa, alguma paz
Chegou
de fuça cheia e pé inchado
Com
dois olhos que não viam mais
Entrou
direto feito um cão molhado
Como
se pudesse disfarçar
A
roupa mal abotoada
Fedendo
à malafa de terceiro-quarto bar.
Daí
a dona se vergou rogando
Que
uma enrouquecida explicação
Mexesse
a boca do farrapo a mando
Mágico
de sua indagação
Mas
como a realidade é menos nobre
Do
que mil semânticas de rei
O
inferno inteiro se descobre
Num
só golpe, como um agonista que nem sei.
E
então encheu-lhe de porrada
Quantas
traulitadas ela conheceu
E
foram muitos urros moucos
Tantos
murros roxos que se recebeu
Ouvindo
mais que a vizinhança
Vinha
da criança uma vontade de morrer...
E
o passo persistiu
E
o mundo se omitiu em ver.
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