Dobro
minhas
Mãos
em seu corpo.
O
pensamento é um sonho cheio de sede e
Há
crianças em seu olhar, ouvindo
Uma
promessa. A noite é irreversível.
Jamais
vamos nos descobrir e
Molhar
o rosto. Somos uma ficção imortal.
As
roupas no chão se olham como taças de vinho
Uma
delas quebrada. O quarto
É um
tecido levíssimo que nos veste sem número
Aqui
cabem as casas, os cafés
Os
cardumes, caminhos de ida
As
tiras metálicas do céu noturno de onde
Serenavam
cenas do futuro. A lua é nova
É
necessário aguçar-se à
Sensível
cicatriz na escuridão
Ao
regresso da hora em que riscamos um
As
vértebras do outro
E as
gargantas colheram, desde cedo
Esquadrinhar
o incalculável
Do
amor, o movimento, o universo
Desembestado
bumerangue sem
Oeste.
Dobro meu
Corpo
em seu corpo. Acende figuras de água
No
côncavo das costas, inventa
Gostos,
óleos, línguas
Emaranha
com arte artérias
Inocência
e impiedade. No peito há um bicho
Que
bate duplamente
Enquanto
vincos dessa entrega alteiam seu
Carrasco
descoberto.
2 comentários:
Eu adorei como sou muito viciada em poesia e literatura sempre pesquiso coisas novas assim vcs também podem tirar um tempo para isso porque é uma coisa que vai te ajudar então foi só rsrs falei muito...kkk
Leia Verniz da Casa, Andre Pesilva. Fantástico!
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