Minha amiga, não chame o seu amigo
De “amigo”. Antes, dê-lhe uma facada
No abdômen e tire fora o seu umbigo
Mas “amigo” é palavra atormentada.
Um “não” certeiro, pronto! e mais nada
Ou de comparsa, cúmplice ou prefira
Chamar de transviado, Pombajira
Mas nunca dessa música assombrada.
Os homens, minha amiga, têm o mal
De perturbar aquilo que é normal
E um dia se perturbam com o amor
E noutro com a palavra… Por favor
“Gosto muito de ti, eterno amigo!”
Nem que muito mereça o inimigo.
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